Transfer chute: aplicações e benefícios da simulação de partículas em esteiras industriais
O conveyor transfer chute, equipamento responsável pela transferência de materiais de uma esteira para outra, é um dos equipamentos que gera desafios na eficiência da linha de produção em indústrias de processo como mineração, alimentícia, farmacêutica ou agropecuária.
Isso porque, normalmente, é inviável fazer testes de desempenho com protótipos físicos, sendo necessário o uso de simuladores como a simulação de partículas. Com essa solução é possível testar diferentes designs para alcançar maior eficiência na produção.
O transfer chute pode apresentar problemas como acúmulo de material, desgaste excessivo, desvio de trajetória e outros aspectos que podem gerar custos com manutenção, interrupção da produção e até perdas.
Assim, para garantir um fluxo sem problemas e fazer testes de desempenho, a simulação de partículas tem se mostrado uma ferramenta valiosa para impulsionar a eficiência, a segurança e a produtividade das operações industriais.
Assista no vídeo abaixo com foi realizada uma análise e otimização de chutes de transferência com Ansys Rocky:
Os principais problemas de desempenho do transfer chute
Um transfer chute mal projetado ou desgastado pode fazer com que as partículas desviem de sua trajetória esperada. Isso pode resultar em perdas de material, contaminação de outros processos e maior tempo de inatividade para correção.
Outro problema é o entupimento da esteira por conta do volume de partículas passando ao mesmo tempo. Isso causa interrupções no fluxo de material, resultando em paradas não programadas e redução da capacidade de transporte.
Por fim, também pode haver danos a equipamentos, devido ao movimento do material particulado, impactando significativamente o desempenho da linha de produção, gerando perdas e afetando a produtividade das operações. Nesse sentido, as simulações são essenciais para identificar, resolver e mitigar os problemas.
Como a simulação de partículas ajuda a resolver os desafios das indústrias de processo
A simulação permite a visualização virtual do fluxo de partículas, ajudando a projetar transfer chutes mais eficientes e confiáveis. É possível ver o comportamento do material particulado na esteira e criar cenários para analisar todos os fatores da relação entre a partícula e a esteira.
Por exemplo, a simulação de partículas permite analisar o comportamento do fluxo de material em equipamentos como misturadores, moinhos, mesas vibratórias, sistemas de transporte e silos. Ela ajuda a identificar áreas de acumulação, obstrução ou segregação de partículas, permitindo ajustes no design.
Além disso, ao simular o movimento das partículas, é possível identificar áreas de alto desgaste. Com essas informações, é possível tomar medidas preventivas, como revestimentos especiais ou modificações de design, para prolongar a vida útil dos equipamentos e reduzir custos de manutenção.
Por outro lado, também é possível analisar a mistura de diferentes materiais e identificar possíveis problemas de segregação e não-homogeneidade. Isso é especialmente importante em setores como o farmacêutico e de alimentos, onde a qualidade e a uniformidade da mistura são essenciais para o produto final.
Benefícios do uso de simulação no transfer chute
Em primeiro lugar, a simulação de partículas permite diminuir o tempo gasto com manutenção de equipamentos e reduzir o desgaste das peças do equipamento. Ao aproveitar essa ferramenta, as indústrias podem obter um desempenho aprimorado de seus transfer chutes.
Utilizar a simulação no transfer chute contribui para tomar medidas corretivas, como ajustes no design do transfer chute, alterações na configuração da esteira ou implementação de dispositivos auxiliares, para melhorar o fluxo de material e evitar interrupções no processo.
Com um fluxo de material mais eficiente, menos desgaste e menor necessidade de manutenção, as indústrias podem economizar recursos valiosos e maximizar a disponibilidade operacional.
Em resumo, a simulação de partículas no transfer chute traz vantagens como:
- Otimização de design
- Redução de desgaste
- Aumento da eficiência e produtividade
- Identificação de problemas de fluxo
- Análise de impacto e desgaste
- Redução de custos e tempo de inatividade
Para os engenheiros projetistas, um dos principais objetivos é obter ganhos de eficiência da linha produção e diminuir as manutenções necessárias no equipamento, o que torna a simulação de partículas uma ferramenta cada vez mais indispensável.
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