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Indústria de mineração TUMI utiliza ANSYS para fabricação de protótipos
Muito além da gastronomia, e belezas inconfundíveis das ruínas incas, o Peru também é conhecido mundialmente por exportar tecnologia de mineração. Ao sul de Lima, no distrito de Lurín, encontra-se o parque industrial de 40 mil metros quadrados da TUMI, fabricante de maquinário de perfuração com o sistema Raise Boring. Para se tornar referência no mercado mundial, a empresa adotou o uso do software ANSYS na fabricação de protótipos.
A empresa assina a produção da SBM 800, a mais potente máquina de perfuração fabricada na América Latina. Fazer protótipos ou testes de laboratório para este tipo de indústria pode ser muito caro e demorado. Foi aí que, em 2011, a TUMI passou a utilizar o ANSYS. O time de engenharia liderado por Iván Escobar sentiu os resultados imediatamente após início do uso.
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SBM 800, a mais potente máquina de perfuração da América Latina
“A medida que nossos engenheiros adquiriram experiência no uso de software, começamos com análises dinâmicas transitórias de montagens e depois passamos para o estágio de otimização. Os resultados foram refletidos quase desde o início. O ANSYS nos permitiu recriar as condições de trabalho e colocá-las à prova, economizando tempo e dinheiro na fabricação de protótipos”, explica Escobar.
O tempo do processo de design estava cada vez menor e o desenvolvimento de novos modelos ainda mais confiável e eficiente. Além disso, o software permite que a TUMI possa analisar a estática e a dinâmica, a fim de garantir que os componentes resistam ao funcionamento da máquina nas piores condições de trabalho.
Com o uso do ANSYS também foi possível a recriação de diversos cenários de simulação, que permitem analisar diferentes comportamentos dos componentes e selecionar a configuração ideal, sem a necessidade de fabricar protótipos, e gerando uma economia real para a companhia.
Outra vantagem é a possibilidade de parametrizar dimensões, cargas e tensões que permitem selecionar o projeto que melhor se adequa às restrições de espaço e resistências requeridas na operação.
O chefe de engenharia ressalta ainda que o principal desafio de sua equipe tem sido a recriação de fenômenos físicos e a abordagem do modelo matemático em software, para que o que é simulado seja o mais próximo da realidade. Segundo ele, a ferramenta possibilitou demonstrar com mais precisão aos clientes que as máquinas atenderão suas necessidades.
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Chave de desacoplamento
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Sistema de Transmissão SBM 400SR
De acordo com Escobar, além dos resultados práticos, há outras maneiras de mensurar o retorno do investimento. “Uma maneira de avaliar o ROI obtido com o software é através da redução da ocorrência de falhas e da melhoria da vida útil dos projetos simulados com relação aos projetos sem simulação”, destaca.
A TUMI fabrica todo o sistema Raise Boring, que inclui: a máquina de perfuração que varia em tamanho e capacidades, tubos de perfuração, estabilizadores, rolos de bit, cabeças de rasgador, cortadores, etc.
Além do SBM 800, outras produções adotaram a simulação, como foi o caso dos modelos SBM 400 SR e SBM 700 SR, máquinas autopropelidas por meio do transporte de lagartas, de grande demanda no setor de mineração para sua orientação à parte produtiva.
A companhia tem raízes norte-americanas, mas orgulha-se da mão de obra qualificada encontrada no Peru e das condições favoráveis do país para que a empresa pudesse se estabelecer.
Atualmente, a TUMI tem mais de 100.000 metros perfurados em todo o mundo. As máquinas são produtos de exportação destinados à Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Indonésia, Itália, México, África do Sul, entre outros países.
O que é o sistema Raise Boring?
Raise Boring, ou broca de elevação, é uma máquina usada na mineração subterrânea, para escavar um buraco circular entre dois níveis de uma mina sem o uso de explosivos.
A broca de levantamento é configurada no nível superior dos dois níveis a serem conectados, em uma plataforma uniformemente montada (normalmente uma almofada de concreto).